Nosso satélite natural: a Lua
Há satélites lançados pelo homem para o espaço e há os que são formados pela própria expansão do universo - satélites naturais. A Lua é o nosso satélite natural, pois a hipótese é que surgiu quando um corpo do tamanho de Marte chocou-se com a Terra há cerca de 4,5 bilhões de anos. Até hoje, a Lua é o único corpo celeste que o homem já pisou. Apresenta 27% do diâmetro e 60% da densidade da Terra, o que representa 1/81 da massa terrestre.
A
Lua encantou os nossos antepassados e nos ainda hoje nos encanta. Na escola, ela é um tema que promove aproximações interdisciplinares indo além do campo da ciência: ela surge em divindades, na literatura, no
cinema e na arte. No Egito antigo uma das divindades Khonsu, também conhecido por Chonsu, Khensu, Khons, Chons ou Khonshu tinha uma relação com a Lua, seu nome significa "viajante" e
isto pode-se referir a viagens noturnas da lua pelo céu; na arte, um bom exemplo é a
obra de Tarsila do Amaral, A Lua (1928);
na literatura, há associações da Lua com
a mulher, aqui lembro A Lua que existe em mim, de Isadora Sofia entre tantas outras obras
literárias que podemos encontrar; na música, há uma infinidade delas com o tema
Lua, como exemplos: A lua no cinema, de Paulo
Leminski, e também Luar do sertão de Luiz Gonzaga; no cinema, o filme Para toda a humanidade, dirigido por Al Reinert, em 1989.
Também há muitas crenças de que a Lua exerce poder sobre alguns aspectos dos seres vivos como morte e nascimento, mas não há evidencias dessas incidências e a Lua. Contudo, tem-se uma interessante regra simples aplicada na agricultura orgânica: o vegetal que cresce
abaixo da terra (por exemplo: batata) deve ser plantado na lua minguante e o que
cresce acima da terra (por exemplo: milho, feijão), na lua crescente. Também percebemos que ao nascer os filhotes de tartarugas estes migram para o
mar orientados pela luminosidade da Lua.
Fato curioso é que a pessoa de qualquer lugar daqui da Terra percebe que a face da Lua que
se vê é a mesma. Isso é devido ao movimento de translação da própria Lua em torno da Terra. Outro fenômeno curioso é que nesse movimento lunar distinguimos quatro fases distintas da Lua: lua nova, quarto crescente,
lua cheia e quarto minguante, ao final desse ciclo temos o período de
um mês. Outro fato interessante se refere aos mares: na lua nova e cheia, o Sol, a Terra e a Lua estão alinhados, então as
forças gravitacionais do Sol e da Lua somam-se tornando mais intensas sobre a
Terra e exercendo nos mares a maré cheia mais alta como também a maré baixa mais
baixa.
Entre os
países há um Tratado sobre Exploração e Uso do Espaço Cósmico assinado e no
Brasil o registro está no Decreto nº 64.363, de 17 de abril de 1969. Passados
tantos anos e com o desenvolvimento das novas tecnologias e novos conhecimentos para se conhecer sobre o universo, é importante rever este acordo internacional. Entre tantas implicações não se pode permitir que transformem o espaço sideral em um depósito de lixo.
Figura 3: Lua Adversa, Poesia de Cecilia Meireles https://wp.ufpel.edu.br/aulusmm/2020/03/25/lua-adversa-cecilia-meireles/
Referências
DANHONI NEVES M.C.; NARDI, R.; SILVA, J.A.(Orgs) Arte e Ciência na Lua: percursos na interdisciplinaridade.São Paulo: Cultura Acadêmica, 2018.
http://www.astro.iag.usp.br/~picazzio/aga210/apostilas/cap02.pdf
https://www.egitoantigo.net/khonsu-deus-egipcio-associado-a-lua.html#google_vignette
https://vejasp.abril.com.br/blog/arte-ao-redor/obra-a-lua-1928-de-tarsila-do-amaral-em-detalhes/
https://www.youtube.com/watch?v=Q3GdvJ45AB8
Muito interessante sua postagem! É impressionante como a lua nos influencia no dia-a-dia, inclusive nossos poetas e compositores.
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